sábado, 9 de julho de 2011

PELA APLICAÇÃO DA LEI DO PISO DO MAGISTÉRIO EM SARANDI
Prezados cidadãos e cidadãs da comunidade de Sarandi,
Nós, profissionais do Magistério e da Educação Sarandiense, vimos através desta carta pública alertar a Vossa Excelência Sr. Prefeito, a Senhora Secretária de Educação deste Município, ao nosso Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sarandi – SISMUS e aos pais dos nossos alunos sobre nossas reivindicações referentes às condições de trabalho e valorização profissional – aplicação da lei do piso salarial nacional.
Vivemos um momento histórico de luta árdua e diária em que estamos resistindo a negação de direitos, especialmente os baixos salários que está levando a um número elevado de colegas pedindo “as contas” para trabalhar em municípios vizinhos que pagam mais e possuem um plano de carreira incomparavelmente melhor que o nosso, acarretando sobrecarga de trabalho aos que ficam.
A falta de professores, principalmente os especializados, ocorre a perda do direito da hora aula atividade que são momentos dedicados à preparação de aulas, correção de avaliações, atendimento aos pais, entre outros. A perda deste direito (hora aula atividade) tem como consequencia a perda de qualidade do ensino o que resulta perda da qualidade na educação do município.
As consequências de uma educação de má qualidade para o futuro de uma cidade são desastrosas em todos os sentidos. Diante da realidade que estamos enfrentando no nosso dia a dia nas escolas, necessitamos urgente de uma política de valorização dos trabalhadores municipais da Educação de Sarandi, por isso exigimos:
• Que se cumpra a Lei do Piso Nacional de acordo com as reivindicações da CNTE; (Confederação Nacional dos Trabalhadores em educação);
• Readequação do PCCRM (Plano de Cargos Carreira e Remuneração do Magistério);
• Divulgação das prestações de contas das verbas destinadas à Educação;
• Contratação de professores para suprir a falta destes profissionais e permitir que todos os professores usufruam de seus direitos como afastamento não remunerado (Principalmente para estudos) e licença prêmio;
• Elaboração de cronograma organizacional, no mínimo de dois anos, organizando e agendando a liberação para licenças prêmio com a finalidade de evitar atrasos absurdos em relação a licenças: sabemos que há professores na rede com até 3 licenças atrasadas (15 anos de trabalho sem usufruir desse direito );
• Remuneração, salário inicial de acordo com formação;
• Hora-aula atividade respeitada: que todos que tem esse direito possam usufruir de acordo com a Lei do Piso (1/3 hora aula atividade e 2/3 em sala);
• Reunião com o poder executivo abrindo o negociação com os profissionais da educação e a comunidade sarandiense para o atendimento das demandas para que nenhum estudante fique de fora do acesso à educação.
Imediata aplicação pelo poder executivo da Lei do Piso Nacional Profissional do Magistério. Agora o piso é lei, nós exigimos sua implementação atraves de ampla discussao com a categoria!
A SITUAÇÃO É GRAVE! Precisamos nos unir e buscar um Plano de Carreira dos professores que contemple e respeite a Lei do Piso Nacional do Magistério articulando o atendimento das reivindicações dos professores e da comunidade sarandiense num Plano Municipal de Educação. Por isso convocamos a direção do nosso sindicato SISMUS a entrar nesta luta pela garantia de direitos, a melhoria dos salários a partir da aplicação da Lei do Piso e pela melhoria da qualidade da educação com mais investimentos.
Propomos convocar os companheiros da direção do SISMUS a ocupar seu lugar nesta luta e ajudar sua base nesta conquista tão importante para todos os profissionais do magistério de Sarandi.
Carta aprovada por aclamação em Audiência Popular pela Educação realizada na câmara municipal de Sarandi, no dia 06/07/2011, que contou com a presença de mais de 50 profissionais da educação.

domingo, 3 de julho de 2011

AUDIÊNCIA POPULAR PELA EDUCAÇÃO DE SARANDI.

Venha entender e debater a influência da lei do piso na sua vida professora! Na sua professor! E na educação de Sarandi com as professoras mestres – UEM- Mgá- Pr:
MARIA EUNICE FRANÇA VOLSI
DARLENE NOVACOV
GISLAINE VALADARES
JANI ALVES DA SILVA
DIA: Quarta feira - 06/07/2011
HORAS: 18 HORAS
LOCAL: CÂMARA DOS VEREADORES DE SARANDI
Contato Vereador Bianco: (assessoria.sdi@hotmail.com)

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO DÁ SEQUÊNCIA À SÉRIE DE DEBATES SOBRE O PNE.

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29-06-2011
Foto: Renato Alves A Valorização do Magistério foi tema de audiência Pública do Senado nesta quarta-feira, 29. Heleno Araújo, secretário de assuntos educacionais da CNTE representou a Confederação durante a reunião. Participaram também, o coordenador-geral de Operacionalização do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), Vander Oliveira Borges; o presidente da Associação Brasileira de Educação, Edgar Flexa Ribeiro e a educadora Guiomar Namo de Melo.
Formação em tempo integral, salário digno, eleição para diretor de escola, foram alguns dos temas discutidos na pauta. O professor Heleno Araújo agradeceu o convite e disse estar preocupado com o novo Plano Nacional de Educação (PNE) que se mostra bastante confuso após apresentação de 2.915 emendas. “O PNE precisa atender às necessidades da educação pública, mas a forma como foi elaborado deixou o Plano confuso e modesto. A prova é o grande número de emendas que ele recebeu. E é importante que ele seja aprovado ainda este ano, pois vale até 2020. Ele tem um tempo para atingir todas as suas metas e este tempo está passando”, ressaltou.
Foto: Renato Alves
Guiomar Namo de Melo, diretora-presidente da Escola Brasileira de Professores, sugeriu formar professores em regime intensivo similar ao da residência médica. “Para a educação chegar a novo patamar de qualidade, será necessário mudar radicalmente a estrutura de formação dos professores do país”. Para ela, a formação precisa ser feita em tempo integral, em unidades de ensino especialmente concebidas para essa finalidade, em regime de dedicação similar ao aplicado aos estudantes de medicina nas residências médicas.
O presidente da Associação Brasileira de Educação, Edgar Flexa Ribeiro, defendeu a formação do trabalho do professor. Ele destacou que o trabalho realizado pelo professor é mais importante do que outras profissões nas quais os trabalhadores são até mais valorizados do que os educadores. “Tão importante quanto valorizar o professor é, primeiramente, valorizar o que o professor faz e mostrar para as pessoas o valor que aquilo tem”, afirmou Edgar, que também enfatizou o descaso do país com a valorização do magistério. “O que não tem valor para o Brasil é a educação. Além do discurso, o Brasil não dá nenhuma pista de que tem intimidade com o assunto”, denunciou.

Leis sem resultados

O secretário de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo Filho, observou que a Constituição determina a elaboração de normas para a valorização do professores. Porém, observou, as leis produzidas com essa intenção até agora não ofereceram resultados: a categoria ainda convive com baixos salários, a ausência de planos de carreira em muitos municípios e a falta de acesso a programas de formação contínua. Nas escolas, além dos problemas de infraestrutura e da carência de recursos pedagógicos haveria ainda a questão cada vez mais presente da violência, que atinge igualmente os professores.

- Não surpreende, portanto, o que mostram os estudos: nada menos que 33% dos professores sofrem da chamada 'síndrome da desistência'. Até cumprem a carga horária, mas não conseguem mais se comprometer com a aprendizagem dos alunos - disse Araújo Filho.

O educador Edgar Flexa Ribeiro buscou na formação histórica e ideológica do Brasil os motivos que explicariam porque o país "trata tão mal seus professores". Segundo ele, vem de nossas raízes portuguesas o desapreço pelo valor da educação e pela liberdade de aprender e de ensinar. Conforme assinalou, Portugal teria sido o último país europeu a adotar o ensino público e obrigatório.

Presidente da Associação Brasileira de Educação (ABE), Edgar Flexa Ribeiro também contraditou a visão habitual de que, para se desenvolver, o país precisará avançar antes na educação. Ele acredita que a reforma da educação - ao contrário do que aconteceu em muitos países, como a Coréia - poderá ocorrer em função das demandas do próprio crescimento econômico. É que já estariam ocorrendo nesse momento, em que a carência de mão de obra qualificada vem pressionando iniciativas de capacitação profissional.

Participaram dos debates o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que foi um dos seus propositores, e também Ciro Nogueira (PP-PI), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Wellington Dias (PT-PI) e Ângela Portela (PT-RR).
A audiência deu sequência a uma série de debates em que a comissão antecipa a análise do novo Plano Nacional de Educação (PNE). O plano preparado pelo governo, que deverá valer para os próximos dez anos, ainda está em exame na Câmara dos Deputados. (CNTE, com informações adicionais da Agência Senado, 29/06/11)

Fonte: http://www.cnte.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=8048&Itemid=52